Parada dos diabos: a danças das máscaras, dos diabos e dos queers

Resumo do projeto:

Esta proposta estabelece uma relação entre o material e o digital. A partir da entrevista concedida por Miguel Martínez, um dos organizadores da celebração em homenagem a Santiago Apóstolo da cidade de Juxtlahuaca, no México, destacamos uma etapa importante do festejo, a dança conhecida como “Festa del Diablo”, onde pessoas utilizam máscaras com rostos de demônios e dançam em um ritual que tem como simbolismo levar os mouros, derrotados pelos cristãos, até o inferno.

O projeto apresenta uma releitura da utilização de figuras demoníacas como ato de catarse através do uso de máscaras. Propomos uma exposição em um ambiente virtual de Totens gráficos constituídos por 55 máscaras cujos rostos representam algumas das principais personalidades que lutam em prol das causas LGBTQUIAP+.

Estas minorias sofrem com termos pejorativos, mas ao adotarem estes mesmos termos há um movimento inverso de apropriação a partir da uma classificação negativa. Utilizando a figura do demônio, pretendemos demonstrar como a sociedade enxerga as minorias e como elas podem se apropriar destes elementos para se posicionarem de forma efetiva dentro de um contexto simbólico do estranho.