Eventos

Vaga-lumes, 100 anos Pasolini

Realizado em:
Segunda-feira, dia 14 de março
9:30h (Brasil)  |  13:30h (Itália)

“Vaga-lumes” é uma analogia feita pelo autor para refletir sobre as formas de ameaças e resistências das culturas periféricas. A luz do frágil inseto e sua delicada relação com o ecossistema no seu entorno são os pontos de partida para essa reflexão.

PROGRAMAÇÃO

MESA 1

ABERTURA OFICIAL

9:30h – 10h (Brasil)  |  13:30h – 14h (Itália)

Vice-Reitor, Decano, Diretores de departamentos, Coordenadores de Gra e Pós, e coordenação DEXPO.

Lançamento livro e exposição

10h (Brasil)  |  14h (Itália)

MESA 2

INTERMITÊNCIAS

10:15h – 11:30h (Brasil)  |  14:15h – 15:30h (Itália)

FALA 1

Vaga-lumes, 100 anos Pasolini – Releituras

Solange Jobim e Souza – PUC-Rio
O livro PASOLINI E… DESIGN, EDUCAÇÃO E CULTURA e a relevância da obra de Pier Paolo Pasolini na formação interdisciplinar de pesquisadores.

Lucas Lara – Museu da Pessoa
Acervos de histórias de vida das coleções MOTIRÔ, O FESTEJO COMO TESTEMUNHO e INSPIRA FAVELA INSPIRA.

Nilton G. Gamba Junior – PUC-Rio
Materialidade e cultura, o semiólogo e o criador, Pasolini exposição DEXPO – Design, Extensão e Política.

Solange Jobim e Souza – Possui pós-doutorado pela Université de Vincennes – Saint Denis, Paris 8 (2016). Doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1992). Mestrado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1978). Graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1974). Professora adjunta aposentada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e professora associada da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Professora visitante do PPEDU/UFSJ, no período de fevereiro de 2020 a março de 2021, com auxílio do CNPq. Coordenou o Grupo Interdisciplinar de Pesquisa da Subjetividade – GIPS, de 1998 a 2010. Em 2011, criou o Núcleo Interdisciplinar de Memória, Subjetividade e Cultura (NIMESC), que integra os Departamentos de Psicologia e o Departamento de Artes & Design da PUC-Rio, desenvolvendo atividades de pesquisa e extensão.

Lucas Lara – É formado em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e Mestre em História Social pela mesma instituição. É gestor cultural pelo Centro de Pesquisa e Formação do SESC-SP. Possui experiência nas áreas de História Oral, Acervo Multimídia e Museologia, tendo atuado no Acervo Histórico da Discoteca Oneyda Alvarenga (Centro Cultural São Paulo) e no Museu da Imagem e do Som (MIS-SP). Atualmente é Diretor de Museologia do Museu da Pessoa. Dedica-se a pesquisas em Gestão Cultural, História Oral, Museologia Social e Museus Virtuais.

Nilton G. Gamba Junior – Coordenador do DHIS – Laboratório de Design de Histórias do Programa de Pós-graduação em Design do Departamento de Artes e Design da PUC-Rio. Possui graduação em Desenho Industrial com habilitação em Programação Visual pela Escola de Belas Artes da UFRJ, mestrado em Design pela PUC-RIo e doutorado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela mesma instituição. Atualmente é professor adjunto do Departamento de Artes e Design da PUC-Rio. Membro fundador da Cia. Nós Nos Nós de circo-teatro.

FALA 2

Pasolini como personagem

Luiz Nazario – UFMG
Pasolini ensaiou tornar-se personagem ao atuar em filmes. Intelectual, comunista e homossexual, ele encarnava as três maiores fobias do cidadão de bem: a fobia ao intelecto, a fobia ao comunismo e a fobia à homossexualidade. No imaginário burguês, ele era Dorian Gray; no imaginário fascista, Mr. Hyde. Tampouco conseguiu dissociar-se do meio marginal que o fascinava e acabou vitimado pelo novo fascismo da juventude que ele denunciava em teoria, mas continuava a amar na prática. Seu trágico fim numa praia suja de Óstia fez da lenda negra uma lenda dourada, dando razão às suas profecias e realidade às suas paranoias. O enigma insolúvel do crime gerou um giallo mítico, convertendo finalmente Pasolini num personagem do imaginário progressista: ele agora retorna sem cessar em romances, novelas, peças, filmes, reportagens, animações, quadrinhos. Mais do que como um autor, Pasolini é hoje consumido como um personagem: duplamente vitimado pela sociedade de consumo?

Luiz Nazario – Professor Titular na área de Cinema na Escola de Belas Artes da UFMG. Doutor em História Social pela USP, com a tese Imaginários de destruição, com pesquisas sobre o cinema nazista em diversos arquivos da Alemanha entre 1990 e 1994. Bolsista de Produtividade do CNPq entre 2003 e 2018, com as pesquisas Animação Expressionista e Cinema e Holocausto, publicou diversos livros, entre os quais Da natureza dos monstros (Artes & Ciência, 1998); As sombras móveis (Editora da UFMG, 1999); Autos-de-fé como espetáculos de massa (Humanitas, 2005); Todos os corpos de Pasolini (Perspectiva, 2007); e O cinema errante (Perspectiva, 2013).


MESA 3

VOZES DA CULTURA

11:30h – 12:45h (Brasil)  |  15:30h – 16:45h (Itália)

FALA 1

Pasolini, Boccaccio, línguas e dialetos

Antonio Sorella – IIC / Università “G. d’Annunzio” di Chieti-Pescara
A reflexão de Pier Paolo Pasolini sobre a linguagem. Pasolini intervém repetidamente, mesmo mudando de opinião, sobre a questão da língua italiana, sobre sua relação com os dialetos. Em particular, tratou da erradicação cultural de assentamentos urbanos de origem meridional nas grandes cidades, como Roma. No cinema experimentou dialetos e linguagens na forma de melhor representar a expressividade das classes populares. Daí sua escolha de que os personagens da novela de Sor Ciappelletto falassem no Decameron não em florentino, como em Boccaccio, mas em napolitano. No mesmo romance, Pasolini ambientou a história não na França, como no Decameron, mas em um país de língua alemã.

Antonio Sorella – Professor titular de língua e literatura italiana. Também lecionou, como professor titular, História da língua italiana, dialetologia italiana, linguística italiana, literatura comparada. Dirige a revista internacional “Tipofilologia”, classe A, que trata da variante do autor em textos impressos especialmente no período renascentista. É diretor científico do Prêmio Internacional de Literatura “Penne-Mosca”, agora em sua 44ª edição: na última edição em setembro de 2021, Roberto Benigni leu e comentou o Canto V do Inferno.

FALA 2

A presença de Pasolini no Brasil

Maria Betania Amoroso – UNICAMP
O objetivo da apresentação é traçar um quadro, parcial e incompleto, dos momentos nos quais a obra e figura pública do escritor Pier Paolo Pasolini ganham maior presença no Brasil. Com produção muito extensa – poemas, romances, filmes, crítica, textos em jornais, artes plásticas – embora muito pouco traduzida (ainda), a circulação de suas ideias deixa rastros desde os anos 60, em particular com aproximação dos cineastas do Cinema Novo às novas propostas da linguagem cinematográfica de Pasolini. Os romances chegam antes da poesia que, na forma mais ampla de uma coletânea de poemas, foi traduzida em 2015. Aparentemente, contudo, há uma vertente do pensamento pasoliniano sempre presente e que vem crescendo entre nós, aquela sob a perspectiva de uma ação intelectual interventora e radical: em 2020, finalmente, o importante livro Escritos corsários foi traduzido, abrindo ao leitor essa perspectiva crítica e analítica a partir da sociedade moderna italiana, com a submissão da política local à economia internacionalizada.

Maria Betânia Amoroso – Livre-docente e professora-colaboradora da Unicamp. Entre seus interesses maiores está o autor e intelectual italiano Pier Paolo Pasolini sobre quem publicou, entre outros, o livro A paixão pelo real: Pasolini e a crítica literária (1997) e Pier Paolo Pasolini, pequena biografia intelectual do autor para a mostra de cinema dedicada ao cineasta italiano, em 2003. Escreveu o posfácio ao livro Pier Paolo Pasolini, Poemas (2015). Participou também do livro Pier Paolo Pasolini, Os jovens infelizes: antologia de escritos corsários, organizado por Michel Lahud (1990). Ao longo dos anos, vem organizando dossiês, publicações e encontros sobre o escritor. Foi ainda responsável pela coletânea de ensaios do crítico italiano Alfonso Berardinelli Da poesia à prosa (2007). É também tradutora e entre os títulos traduzidos estão “O queijo e os vermes”, de Carlo Ginzburg, “Escritos corsários”, de Pasolini e Todos os nossos ontens, de Natalia Ginzburg.

Eventos realizados

Assista os vídeos

MESA

Realizada em 06/10/2021

100 anos de Pasolini
Crítica à cultura em Escritos Corsários

com Maria Betânia Amoroso
e Solange Jobim

Mediação: Nilton Gamba Junior

INSPIRA FAVELA INSPIRA

Realizado em 01/07/2021

Mesa “Pandemia e Favela”

com Mônica Francisco,
Fernanda Viana e
Marcelo Burgos

PALESTRA

Realizada em 15/09/2021

Vaga-lumes
Vozes da cultura local

com Solange Jobim
e Nilton Gamba Junior

CINELAB

Realizado em 13/09/2021

Pasolini, um delito italiano

Exibição do filme de Marco Tullio Giordana

MESA

Realizada em 19/10/2021

Arte e Política

com Frederico Coelho,
Priscyla Gomes e
Rodrigo Guéron

Mediação: Cadu

MESA

Realizada em 08/10/2021

Zuzu Acadêmica

com Hildegard Angel,
Priscila Andrade, Luiza Repsold,
Celina de Farias e Ruth Joffily

Mediação: Luiza Marcier

MESA

Realizada em 04/10/2021

Moda e Política

com Hildegard Angel,
Maria do Carmo Rainho e
Heloisa Santos

Mediação: Isabel Martins Moreira

CINELAB

Realizado em 28/09 /2021

Zuzu Angel

Exibição do filme de Sérgio Rezende

ABERTURA ZUZU ANGEL

Realizado em 21/07/2021

Zuzu Angel 100 anos

com Hildegard Angel

VISITA GUIADA

Vídeo

Visita ao acervo digital do Instituto Zuzu Angel

com Priscila Andrade